23/06/2013

Pequenas lembranças


Era uma tarde de domingo e não havia nada para fazer em casa sozinha. Poderia ver um filme, mas sozinha não tem graça. Todos os meus amigos estavam em uma viagem e eu fiquei de fora. Que droga! Tentei ir junto, mas meu patrão não me liberou disse que iria precisar da minha ajuda no fim de semana.
Fazia tempo que eu não ficava em casa num dia de domingo, queria muito sair. Foi então que me veio á ideia de ir passear um pouco no parque. Sei que não tem graça nenhuma em fazer isso, mas estava desesperada e ia acabar enlouquecendo ali sem fazer nada. Então lá fui eu para o parque!
A tarde estava agradável, havia muitas famílias e crianças brincando por toda parte. Perguntei-me diversas vezes, por que estava ali? Poderia ter ido a algum bar encher a cara e depois ir para casa dormir, mas não, preferi ir até um parque sem graça e que me trazia lembranças nada agradáveis.
Senti algo bater em minhas pernas, quando me virei era um menininho que havia chutado a bola e me acertou em cheio.
- Desculpa moça? Eu não acertei por querer.
- Está desculpado! – Sorri. – Qual o seu nome?
- Davi e o seu?
- Jéssica. Está sozinho aqui no parque?
- Não, estou com meus pais. Quer conhece-los?
- Não vou atrapalhar? – Não havia nada de interessante para fazer, então por que não fazer novos amigos?
- Claro que não, eles vão adorar conhece-la.
- Então vamos!
Quando me deparei com os pais do menino minhas pernas tremeram, era ele, o meu ex-namorado. Ele era o pai do Davi? Ele estava casado e havia construído a família que sempre quis. Fiquei em estado de choque, não sabia o que dizer, então ele se propôs a falar.
- Olá Jéssica! Como vai? Meu filho acertou a bola em você? Desculpe! Tenho certeza que não foi por querer, ele é um menino adorável. – Sorriu.
- Sim, estou ótima. Não precisa se desculpar está tudo bem e sim, seu filho é adorável. – Me veio um nó na garganta e pequenas lembranças vieram, lembranças de quando éramos felizes juntos e dos planos que fazíamos para o futuro, ali naquele mesmo lugar onde ele estava sentado. Era onde costumávamos nos sentar nos fins de semana para namorar e falarmos de tudo que nos rondava. – Preciso ir embora, foi um prazer revê-lo e foi muito bom conhecer você Davi.
- O prazer foi todo meu. – Ele sorriu com aquele jeitinho meigo que toda criança tem. Retribui o sorriso e fui embora.
Quando me virei para ir embora ouvi a mulher dele perguntando: - Quem é ela? Por que não falou comigo? E ele respondeu: - Ninguém querida, apenas uma velha amiga. – Sorri ironicamente enquanto lágrimas escorriam do meu rosto.



                                                                     


                                                                           - Larissa Farias

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