12/09/2013

Resenha - A Culpa é das Estrelas - John Green


Em A Culpa é das Estrelas, Hazel é uma paciente terminal de 16 anos que tem câncer desde os 13. Ainda que, por um milagre da medicina, seu tumor tenha encolhido bastante — o que lhe dá a promessa de viver mais alguns anos —, o último capítulo de sua história foi escrito no momento do diagnóstico. Mas em todo bom enredo há uma reviravolta, e a de Hazel se chama Augustus Waters, um garoto bonito que certo dia aparece no Grupo de Apoio a Crianças com Câncer. Juntos, os dois vão preencher o pequeno infinito das páginas em branco de suas vidas.

Hazel Grace

Dezesseis anos. Olhos verdes e pele clara. Leitora voraz, tem uma sensibilidade bastante própria, ideias afiadas e câncer de tireoide com metástase nos pulmões. Gosta de All Stars Chuck Taylors, tem um livro de cabeceira e sabe o que Magritte quis dizer com “Isso não é um cachimbo”. Está bem, viva o Falanxifor!

Algustus Waters
Dezessete anos, alto, magro. Sorriso cafajeste, andar idem. É bonito e sabe muito bem disso. Gosta de música, livros e games. Grande adepto das ressonâncias metafóricas e da direção segura, na medida do possível. Seu osteossarcoma está em remissão há mais de um ano. E ele não tem medo de ir atrás da felicidade. 


 “Alguns infinitos são maiores que outros... Há dias, muitos deles, em que fico zangada com o tamanho do meu conjunto ilimitado. Eu queria mais números do que provavelmente vou ter.”


Eu amei esse livro, tem uma história muito bonita. Tenho certeza que assim como eu muita gente ficou se perguntando porque o nome "A Culpa é das Estrelas"?
O livro no final deixou a desejar assim como o livro Uma Aflição Imperial que Hazel leu. Acho que o John Green quis dar uma de Perter Van Houten.
Bom, eu andei pesquisando e achei essas duas perguntas respondidas pelo John Green. 


1- Você poderia falar mais sobre o significado do título A culpa é das estrelas? Sei que existe uma referência a isso no livro, mas não consegui alcançar exatamente o significado dela.


R.: Bem, na frase de Shakespeare, "estrelas" significam "destino". No texto original, o nobre romano Cássio diz a Bruto: "A culpa, meu caro Bruto, não é de nossas estrelas / Mas de nós mesmos, que consentimos em ser inferiores." Ou seja, não há nada de errado com o destino; o problema somos nós.
Bem, isso é válido quando estamos falando de Bruto e de Cássio. Mas não quando estamos falando de outras pessoas. Muitas delas sofrem desnecessariamente, não porque fizeram algo de errado nem porque são más ou sei lá o quê, mas porque dão azar. Na verdade, as estrelas têm muita culpa, sim, e eu quis escrever um livro sobre como vivemos num mundo que não é justo, e sobre ser ou não possível viver uma vida plena e significativa mesmo que não se chegue a vivê-la num grande palco, como Cássio e Bruto.

2- O que acontece com a Hazel? Eu me sinto meio como a Hazel por estar perguntando isso, mas todos sabemos que você não se parece em nada com o Peter.

R.: Não faço a mais vaga ideia. Sou diferente de Peter van Houten de várias formas, mas nesse caso (e em alguns outros), nós somos iguais: eu tenho acesso exatamente ao mesmo texto que você. Minhas considerações sobre o mundo fora daquele texto não são mais inteligentes nem mais autênticas que as suas.
Textualmente, é óbvio que a Hazel está mais fraca no fim do livro do que estava em Amsterdã, mas isso é tudo o que você sabe, e é tudo o que eu sei também.


Bom, acho que depois disso ficaram esclarecidas as minhas perguntas, espero que a de vocês também! 



"- O.k. – ele disse, depois do que pareceu ser uma eternidade. – Talvez “o.k.” venha a ser o nosso “sempre”.

- O.k. – falei."







                        - Larissa Farias


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